segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Agonia dos Arquitectos

Estamos perante mais um exemplo no qual os cidadãos não compreendem os arquitectos, nem os seus espaços projectados. Mas será assim tão difícil de perceber onde ficam as instalações sanitárias do parque de estacionamento subterrâneo do Campo da Nossa Senhora da Agonia, em Viana do Castelo? Eu acho que não. Bastava de facto descer as escadas e tadaaaa... instalações sanitárias.
O arquitecto Adalberto Dias que não se deixe abater com esta situação, que de facto estraga o granito que reveste as escadas e as paredes adjacentes.
Força...

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Histórias de violência, em Portugal

Este texto está a ser escrito enquanto na televisão está a ser transmitido o jogo amigável entre Portugal e as Ilhas Faroé”, o que para vários portugueses pode parecer estranho, mas tenho duas boas razões para isso, sendo a primeira o facto de o Ricardo não ser o guarda redes luso escolhido por Carlos Queirós, o que tornaria o jogo muito mais interessante, porque assim até que o adversário poderia marcar um golo. A segunda razão é que de facto está a ser cada vez mais difícil os programas e os filmes que se vêm na televisão superarem a emoção e o dramatismo das histórias e das cenas de acção que têm acontecido pelo nosso Portugal.
Ora veja-se então algumas das pérolas ao nível de Hollywood do nosso Portugal.

Devem lembrar-se certamente do….. esperem…há um canto para as ilhas Faroé… pronto…já passou. Bom, o sequestro no BES… que começou, claro está por uma tentativa falhada de assaltar o banco… GOOOOOOOOOOOOLO… que levou os dois bandidos a barricarem-se e a ameçar matar os reféns durante horas, a fazer lembrar o início do filme “SWAT”e que acabou com os snipers a fazerem aquilo para o qual esperaram anos, que foi apertar o gatilho e matarem um dos bandidos e o outro foi alvejado e está na apanha do sabonete em Caxias. Cheguei a ver a polícia a tomar posições enquanto comia uma sande de presunto e via o telejornal e a perguntar-me se no interior do Banco haveria televisões. Tal como nos filmes americanos que vemos nas televisões, com todo aquele aparato, emoção e com o climax do bandido a ameaçar o refém com a pistola apontada à cabeça, a acção termina com um sniper exímio. Simplesmente brutal. No dia seguinte foi concedida aos atiradores a oportunidade de gozarem de uma baixa psicológica ao que disseram que não. Era óbvio que não iam aceitar, quer dizer, andam os homens, coitados, à espera de um momento como este para acertar o passo a alguém e logo que acontece, querem que fiquem em casa? “Fooooonix….tá maluco chefe? Acha que sou maricas ou quê? Venham eles, venham eles!” foi o que eles devem ter respondido.
E não esperaram muito tempo. Porque a seguir a este filme, o que poderia acontecer de semelhante que trouxesse emoção aos seus dias? Lá está, um tiroteio em Cova da Moura, em Lisboa, entre negros e ciganos, com um trágico final. Digo de verdade, lacrimejei. E porquê? Lembrei-me dos filmes do Charles Bronson que via quando era adolescente e de contar os tiros que eram dados pelos personagens ao longo da película em que ele entrava, 14 731 foram os tiros dados no filme que se passava no Bronx… velhos tempos…
Intervalo… Portugal 1-0 Ilhas Faroé…


E a perseguição dos ciganos que iam a fugir numa carrinha perseguidos por agentes da PSP? Pena foi a morte do miúdo que ia a acompanhar o pai num roubo a um estaleiro. O seu progenitor, coitado, não sabia que estava a colocar a vida do seu filho em perigo levando-o consigo no “golpe”, tal como se fosse para o ajudar a mudar um pneu de um automóvel.
E ontem enquanto jantava, também estava a dar uma reportagem repleta de emoção sobre os trabalhadores da construção do novo molhe da Foz do Douro, que ficaram encurralados no farol, devido às enormes ondas que os impediam de voltar a terra segura e ao conforto do lar. Até tiveram que ser socorridos de helicóptero, e imaginem, houve um ferido que teve um arranhãozinho. Teve um final trágico… os trabalhadores resgatados acabaram a noite no Aeroporto Sá Carneiro a jantar…comida de avião!
GOOOOOLO…NANI!

Mas o peculiar desta história verídica, foi o sr “Manuel”, que estava com os seus colegas no molhe a trabalhar e que cerca das 16.30… duas horas e meia antes de serem chamados os meios de socorro, fugiu para terra segura enfrentado o perigo das grandes ondas que embatiam com o molhe. Será que ele estava apenas a baldar-se ao trabalho e saiu mais cedo? Ou preferiu antes enfrentar as ondas do mar do que chegar tarde a casa e ouvir um sermão da sra “Maria”?

Para finalizar o relato destas histórias de acção temos o remake do filme “HEAT”, que aconteceu esta madrugada na A2 quando os ocupantes de três veículos de grande cilindrada, assaltaram uma carrinha de valores recorrendo a explosivos. Fenomenal! Portugal está ao rubro, quem precisa de ir ao cinema? Basta ligar a televisão e ver as notícias.
Mas toda esta onda de violência deve-se, a meu ver, ao facto de os atletas portugueses estarem a ter maus resultados nos Jogos Olímpicos de Pequim, e o povo vinga-se com estas acções hollywodescas. Se repararem, o dia mais tranquilo em Portugal nos últimos dias foi quando a Vanessa Fernandes ganhou a medalha de prata no triatlo. “Vanessa, the peacemaker”

Agora estou à espera que o jogo acabe e…..olha….GOOOOOOOOOOOOOOOOOLO! Duda.
Agora vou é mudar para a 2 e ver o telejornal, pode ser que dê algo interessante…


Nota: Portugal acabou por ganhar 5-0 contra o 196º no ranking da FIFA, espectacular! Grande vitória.
(Todas as imagens foram retiradas do "Google" e todas as histórias aconteceram mesmo, alguns pormenores é que podem estar ligeiramente diferentes.)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

red warrior

O filme intitulado como "O último Samurai", passou muito à margem dos grandes sucessos de bilheteira, infelizmente. É daqueles que é impossível deixar de gostar ou de ver várias vezes. Já deixei de contar as vezes que o vi e revi... mesmo naquelas vezes que servia como barulho de fundo para as noites longas de trabalho.
E como se não bastasse ter argumento e fotografia incrivelmente belos, a banda sonora é também ela de superior qualidade.

(o video foi retirado do "youtube")

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

uma lenda portuguesa, com certeza


A lenda do galo de Barcelos... na qual tropecei enquanto realizava uma pesquisa para um projecto tocou-me profundamente, não no sentido emocional lamechas, mas sim de modo a provocar umas gargalhadas valentes dada a sua, digamos... estupidez. E reza o seguinte:

"Ao cruzeiro setecentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico de Barcelos, está associada uma curiosa lenda - A Lenda do Galo de Barcelos.



".......... Os Habitantes do Burgo andavam alarmados com um crime e, mais ainda, por não ter descoberto o autor. Certo dia, apareceu um Galego que se tornou de imediato suspeito do dito crime, visto que ainda não tinha sido encontrado o criminoso. As autoridades condais resolveram prênde-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência , ninguém o acreditou.

Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse para Santiago de Compostela em cumprimento de uma promessa como era tradição na época , e fosse devoto fiel de S. Paulo e da Virgem Santíssima. Por isso foi condenado à forca. Antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o havia condenado a tal destino.

A autorização foi-lhe concedida, e levaram-no à presença do dito magistrado, que nesse momento se deleitava e banqueteava com os amigos .

O galego reafirmou a sua inocência , e perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que se encontrava no centro de uma grande mesa, exclamando «« É tão certo eu estar inocente , como certo é esse galo cantar quando me enforcarem »», perante gargalhadas e risos, não se fizeram esperar , mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no galo.

O que parecia impossível aconteceu. Quando o peregrino estava a ser enforcado , o galo ergueu-se na mesa e cantou ! Após tal acontecimento mais ninguém duvidava da inocência do Peregrino .
Juiz correu à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso, impedindo o estrangulamento. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz. Volvidos alguns anos, voltou a Barcelos e fez erguer um Monumento em Louvor à Virgem e a Santiago....."




Sou só eu, ou esta história está um bocado idiota para lenda. As lendas costumam ser "irreais" eu sei..mas um galo a cantar?! e ainda por cima ASSADO?!

A única coisa que eu acho que se pode retirar de positivo desta lenda é o trabalho fantástico de um ventríloco que safou um galego da forca.

Creio também que os tradicionais galos de Barcelos estão com um design completamente errado. Esta história seria mais coerente se os galos fossem ao invés dos galinaceos pomposos e coloridos, galos deitados em travessas, com um aspecto assado, mas pronto... se calhar não era tão realista!



(A lenda foi retirada do site da Câmara de Barcelos e a imagem do galo assado foi retirada do "Google")