quinta-feira, 27 de maio de 2010

O sentido de humor negro dos governantes portugueses

Caro navegador perdido da Web, sei que chegou a esta página por engano, mas antes de fazer o clique em retroceder observe algo que até pode vir a achar "engraçadozinho".
Num telejornal de há uns dias atrás surgiu o sr Eng. Faria de Oliveira, licenciado em engenharia mecânica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa (salvo erro de uma pesquisa ligeira na internet), e que é o actual presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD).


Aqui está uma foto retirada do "google" do sr eng. Faria de Oliveira


Pois muito bem, não lhe faz lembrar ninguém? Não? de certeza? O nome Bernard Madoff diz-lhe algo? O sr fraude de 50 biliões de dólares americanos?
Ora veja, ou reveja uma fotografia deste senhor, acusado de fraude à escala mundial.


foto do sr Bernard Madoff, também esta retirada do "google"


O humor negro e a subtileza piadética dos governantes portugueses é mais uma vez de louvar, e digo isto com sinceridade... Muito bom, tiro-lhes o meu chapéu - que não tenho mas podia ter - e já agora aproveito e retiro também o dinheiro da conta na CGD, não vá o diabo tecê-las.
Muito obrigado pelo tempo que dispensou a ler este artigo que pouco ou nada contribuiu para a sua vida, além de um sorriso tímido, tão tímido que até parecia uma nebrite.
Até à próxima e boa navegação!


sábado, 8 de maio de 2010

“Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia aprende com os erros dos outros.” (Augusto Cury)

Dado que sou apenas um jovem (arquitecto) em início de carreira, tendo a noção de que sei muito pouco de Arquitectura e que até tenho sido um "sortudo" dadas as circunstâncias actuais, provavelmente não deveria fazer o que estou prestes a fazer, e peço desculpa em avanço se no final considerarem que ultrapassei algum limite, mas não me coíbo a fazê-lo... sendo esta a altura da semana da Queima das fitas na cidade do Porto parece-me oportuno fazer um alerta aos estudantes universitários, mais propriamente aos de Arquitectura, quer os da escola Pública quer os da Privada. O que irá aqui ser colocado a seguir são algumas considerações básicas, do estado em que os jovens arquitectos em Portugal se encontram, dadas as histórias que se ouvem e que se continuarão a ouvir.

Caros futuros colegas, arquitectos e não arquitectos, aproveitem os momentos de clarividência antes de voltarem à carga para terminarem o ano académico e façam uma breve análise da situação dos arquitectos e dos restantes profissionais em Portugal, assim como do mercado de trabalho dos mesmos. Não é preciso investigar muito. Basta falar com pessoas conhecidas, amigos, colegas, ver televisão, ouvir rádio e ler alguns artigos.

Aproveitem o curso para aprender (Arquitectura), mas também para reflectir sobre o modo como vão encarar a profissão quando terminarem o curso e quais são os vossos objectivos profissionais e pessoais a curto e longo prazo.

O que vos espera em grande parte das situações é o seguinte:

1- Estágios não remunerados, ou parcamente remunerados, nos quais vos são exigidas horas extraordinárias para que quando finalmente conseguirem ser membros efectivos da Ordem serem convidados a tentar a vossa sorte noutro lado;

2- O aproveitamento do conhecidissimo estágio profissional do Estado Português, por parte do patronato de modo a que a custo de um ordenado mínimo possam obter um técnico qualificado durante um ano, para que no final vos convidem a sair ou a ficar em troca de um ordenado que não basta para vos pagar as contas no final do mês;

3- Os famigerados recibos verdes, que mais tarde ou mais cedo se aperceberão que não são de todo a melhor solução para serem pagos pelo que fazem tornar-se-ão muito familiares, habituais e desmotivadores;

4- Incerteza e insegurança quanto ao presente e ao futuro da vossa profissão e consequentemente da vossa vida.

“É só fazer as contas”, como disse um antigo primeiro ministro português: Na Ordem dos Arquitectos de Portugal estão inscritos cerca de 18 000 profissionais, escreverei em extenso para que haja uma melhor noção do valor, DEZOITO MIL ARQUITECTOS... para cerca de 10 milhões de portugueses. Pergunto-vos: Acham que há trabalho para todos no futuro? E estes são só os arquitectos, imagine-se nas restantes profissões...

Não estou a defender que desistam de Arquitectura, ou do curso que estejam a frequentar, , porque estão a fazer aquilo em que acreditam tal como espero que todas as pessoas façam. Pelo contrário, estou a encorajar-vos a atingirem esse objectivo, que é contribuir para a melhoria do ambiente social e construído no mundo praticando o que mais desejam, mas façam-no de modo a que obtenham bons resultados para vós próprios disso. Sejam um pouco “egoístas” e pensem menos na Arquitectura ou na vossa disciplina de eleição e mais na vida que desejam, direccionando os vossos esforços e as oportunidades que surjam nesse sentido.